21 de dezembro de 2012

Natal sem consumismo

Gosto muito de presentear, e essa época natalina nos inspira a confraternizar e, consequentemente, trocar presentes.

Numa ideia contrária ao consumismo, adotei uma espécie de "assinatura": faço os presentes dos meus amigos.

Como sou mineira, escolhi algo prático, útil e que eu consigo fazer: Tempero Mineiro.

Acho que os amigos gostam, porque alguns já passam o mês de dezembro me dizendo: "Esse ano vai ter tempero?"; "tô esperando o tempero pras comidinhas do Natal, heim?" e por aí vai.

Vejam como ficou a versão 2012 do Tempero Mineiro, receita de minha mãe e adaptada aos ingredientes disponíveis aqui em Salvador:



 
 
FELIZ NATAL !!!

18 de dezembro de 2012

Aprendendo com as pedras

Devo admitir que minha estada nesse mundo tem sido de muito aprendizado, principalmente com os problemas. O difícil é entender que toda pedra pode se tornar tijolo para nossa autoconstrução. Antes disso ela dói, machuca, nos faz querer desistir... mas é preciso sabedoria e paciência para não jogá-la de volta à quem lhe atirou ou àquele que deixou-a ali, no seu caminho, justamente para que você tropeçasse.
 
Há também as pedras dos ideais... e há aqueles que te apóiam e te ajudam a se esquivar e não deixar que te atinjam ou, caso te atinjam, não causem grande estrago. A esses, o meu muito obrigada. Aos atiradores de pedras, agradeço também.
 
"Um grama de ação vale uma tonelada de teoria" (Engels)

3 de dezembro de 2012

Título é conhecimento?

Uma coisa é certa: assumiu o papel de aluno, independente da idade e da escolaridade, todos voltam a ser crianças!
 
Assim tem sido também na EaD: alguns alunos simplesmente ignoram tudo que já viram e que já aprenderam e voltam à imaturidade, à grosseria e cabe ao docente tomar cuidado para não "descer do salto" algumas vezes.
 
Num grupo recente, um aluno se ressentiu por não receber boa nota num fórum de discussão. Enviou mensagem indignado! Minha resposta foi embasada em alguns bons autores:
 
 
Veja o que dizem Grassi e Silva (2010):
Durante a discussão em um fórum, não será obrigatório estar fixo a um único ponto durante o debate, mas abrir espaços para ir além do tema proposto inicialmente, para que cada membro do grupo firme seu posicionamento, não somente apoiando-se em conceitos empíricos e de senso comum, mas buscando o apoio em outros autores. Dessa forma, deve-se estimular e permitir que todos os membros dessa CVA sejam protagonizadores de suas ações. Não será somente um espaço para responder a questionamentos ou considerar a sua participação como mais uma atividade a ser cumprida, mas um espaço para reflexão.
 
Segundo Marco Silva (2000),
  

Para promover a sala de aula interativa o professor precisa desenvolver pelo menos cinco habilidades, entre outras:

- Pressupor a participação-intervenção dos alunos, sabendo que participar é muito mais que responder "sim" ou "não", é muito mais que escolher uma opção dada; participar é atuar na construção do conhecimento e da comunicação;
- Garantir a bidirecionalidade da emissão e recepção, sabendo que a comunicação e a aprendizagem são produzidas pela ação conjunta do professor e dos alunos;
- Disponibilizar múltiplas redes articulatórias, sabendo que não se propõe uma mensagem fechada, ao contrário, se oferece informações em redes de conexões, permitindo ao receptor ampla liberdade de associações, de significações;
- Engendrar a cooperação, sabendo que a comunicação e o conhecimento se constroem entre alunos e professor como co-criação e não no trabalho solitário;
- Suscitar a expressão e a confrontação das subjetividades, sabendo que a fala livre e plural supõe lidar com as diferenças na construção da tolerância e da democracia.

Estas são habilidades necessárias para o professor aproveitar ao máximo o potencial das novas tecnologias em sala de aula. Contudo, não se destinam somente à sala de aula "inforrica". Pois, uma vez que interatividade é conceito de comunicação e não de informática, tais habilidades são necessárias também para o professor que quer modificar sua postura comunicacional na sala "infopobre".

Não deu outra: o aluno ficou ainda mais irritado e respondeu, cheio de citações próprias e assinatura cheia de títulos.
 

Outra coisa certa: tem gente que acha que basta ter diploma para ser dono da verdade!

Onde foi parar a humildade?